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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

O PCdoB acerta e muda o jogo: Manuela Pré-Candidata a Presidenta - Paulo Vinícius Silva

O PCdoB acerta ao lançar Manuela Pré-Candidata a Presidenta da República. Esse gesto, absolutamente normal para um Partido (ter candidato), anunciado há tempos, causa surpresa pelo significado e pela sua própria qualidade. Denota uma realista análise de impossibilidade de unificação de esquerda no primeiro turno, qualifica a disputa, que estava até agora num nível da rede de esgoto. O PCdoB demonstra autonomia e desejo de protagonismo e formulação na unidade da esquerda, dos democratas e patriotas. Essa formulação já é um diferencial: o PCdoB propõe uma Frente, mas uma Frente Ampla.

Como expressão do PCdoB, teremos essa jovem mãe, guerreira, política experiente e habilíssima, brilhante, umas das melhores oratórias do Brasil. Ela expressará magistralmente a política do PCdoB, política complexa, mas combativa, radical, mas com capacidade de diálogo respeitoso e democrático. Será uma mensagem em defesa do Brasil, da Democracia e das conquistas do povo. Quando uma tão necessária mensagem encontra porta-voz à altura, isso é mais que alvissareiro. O resultado imediato é o impacto na cena política. O fato teve ampla repercussão, e isso é, de saída, uma vitória, um tento da Presidenta Luciana Santos e do Comitê Central dos comunistas, que mostram possuir uma nova geração disposta a ousar nas lutas que antecedem à comemoração do Centenário do PCdoB em 2022.

Manu vai dar trabalho e eleva o potencial eleitoral do PCdoB em um momento grave e urgente da luta pela democracia, que tem como uma de suas colunas a legalidade dos partidos de esquerda, e do PCdoB, o mais antigo, ameaçados pelas maquinações da maioria no Congresso, que joga com todas as cartas na Reforma Política e na cláusula de barreira.

Manuela e o PCdoB são necessários para o debate da esquerda e do Brasil. Manuela debaterá o Brasil, a Democracia, os direitos do povo, a juventude.Significa uma grande vitória tê-la como candidata pelo significado para as mulheres, para a luta contra o ódio; será uma coisa linda de se ver.

O PCdoB terá de revolucionar suas campanhas eleitorais nessa experiência eleitoral alvissareira. Treino é treino, mas, agora, jogo é jogo. Que bote em campo um símbolo da juventude e das mulheres - como é a camarada Manuela Dávila - , mostra habilidade, ousadia, sabedoria.

Quanto à unidade? É a bandeira da esperança. Mas fazer unidade é bicho enjoado, dá trabalho. E a primeira condição para a unidade é o respeito, reconhecer o outro como igual, e também constituir relações políticas democráticas, sem hegemonismo, para unificar programas; vai muito além de ter inimigos comuns. Há diversos graus de unidade. Atualmente não existe esse ente unificador de uma Frente Política, Social e Eleitoral. Não somos o Uruguai. E nem o PCdoB rompe nada, só atua com realismo político ante a incerteza na eleição de 2018, as exigências da cláusula de barreira, o baixo nível do debate político e o esgotar de todas as gestões que tem feito há cerca de 30 anos pela constituição de uma Frente Popular.

Mais que uma ruptura, o gesto ilustra tirocínio político e uma novidade para a construção da UNIDADE na esquerda, que agora passará pela voz ativa dos comunistas no conjunto das Forças de que possam compor a Frente Ampla, e que pode ocorrer em qualquer dos turnos da eleição de 2018. O PCdoB, que sempre apoiou o PT, de saída, quer ser ouvido, e não apenas pelo PT, ou pela esquerda. O PCdoB quer falar ao Brasil.

Fala, Manuela, o Brasil vai te ouvir.

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