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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Assassinos Sociais - Gog


A lição meu irmão esta ai
Nos ataques a bomba
No genocídio em Ruanda
Na pobreza no Haiti
É triste, mas eu vi
O clamor materno
Rogando logo o céu, o inferno
Ao seu filho subnutrido
Que aos dezoito não pesava mais que vinte e poucos quilos
Mas de nada adiantava isso
Do outro lado do mundo seu futuro era decidido
Num café matinal entre políticos malditos
Parasitas cínicos

Assassinos sociais, é
Os poderosos são demais

Derramam pela boca seus venenos mortais
Poluindo a mente dos que são de paz
A gente segura atura estas criaturas
Como pode mas um dia explode
E a idéia sai (então vai)
Eu vou eu vou de vez
Vejam só vocês
No meu Brasil em ano de eleição
O que se vê pela periferia são
Palanques panfletos carros de som
Promessas em alto e bom tom de que as coisas vão melhorar
Mas como acreditar?
Se os que prometem sempre estiveram lá
Prontos para nos trucidar
E pra complicar
Não são humildes, morrem de preguiça
Só rogam o bem pra bem estar pra Deus na missa
E mesmo assim não fazem jus
Não fazem o sinal da cruz
Desses, eu, GOG, sempre quero estar a anos-luz
Acreditando no que creio há
E o que é mais feio
Pra eles o caminho do sucesso não importa os meios
Desses caras já estou cheio (então vai)

Assassinos Sociais
É, os poderosos são demais

Você tem todo o direito de não acreditar
No que estou dizendo
Mas tem o dever de conferir
Pra ver a zona que está ai no parlamento
Metem a mão na cara dura no orçamento
Interferindo na vida de milhões
E não são dois nem três, são mais de cem ladrões
Vou repetir quero mais adesões
Nos palanques seguem antigos padrões
Dizendo que são ricos
Que poderiam estar cuidando da família, do próprios negócios
E que por amor à nação
Adotaram a política como opção
Que ajudar os pobres é a missão
Mas quem são eles pra falar de amor?
E preciso ter antes de mais nada, ter noção do horror
Que é ver velhos vagando na madrugada das ruas
Com frio nas rugas
É preciso ver crianças
Pezinhos pequenos desde cedo na estrada
Esse é o preço pago vendendo dindin picolé amendoim cocada
Pra sobreviver toda a iniciativa é válida
Mas é essencial sim ter escrúpulos honrar a palavra dada
E o que dói mais é ver muitos de meu povo
Caindo na cilada
Trabalhando em campanhas milionárias por migalhas
Empunhando bandeira no sol a sol
O corpo suado coração está do outro lado
Mas infelizmente a necessidade fala alto
A ideia é:
Trabalhando contra nós mesmo sempre sairemos derrotados
E enquanto isso o que eles fazem?
Começam em brasília a semana na quarta e encerram na quinta
Matam a segunda, a terça, a sexta
Mal político em qualquer canto do planeta
É um Anticristo, um cisto, a besta
A atração principal do telejornal
A procura de status investe no visual
Realmente eu sou um marginal
E quero ver sua cabeça seu oco seu mal
Bicho mesquinho
Vejo em seus olhos tochas de fogo luzindo
Nas suas costas asas vermelhas se abrindo
É só olhar pra eles e verá que não estou mentindo
Que não é vacilo, delírio, nem sonho
Mau político pra mim: o pior dos demônios
Junta logo suas malas e vai!

Assassinos Sociais
É, os poderosos são demais

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