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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mídia esconde, mas delatores da Andrade citam Serra, Aécio e Aloysio - Portal Vermelho

Mídia esconde, mas delatores da Andrade citam Serra, Aécio e Aloysio - Portal Vermelho

Enquanto a
grande mídia e outros setores da direita tentam blindar os tucanos, dois
executivos da construtora mineira Andrade Gutierrez, uma das
integrantes do cartel de empreiteiras investigadas pela Operação Lava
Jato, apontam o envolvimento direto das principais lideranças do PSDB.





 
 


A informação foi divulgada pela coluna de Cláudio Humberto, no
Diário do Poder. Segundo ele, dois executivos da construtora Andrade
Gutierrez, ouvidos no processo da Lava Jato, afirmaram em acordo de
delação premiada que os senadores José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e
Aloysio Nunes Ferreira (SP) estariam envolvidos no esquema de corrupção.



A Andrade Gutierrez, que teve seu presidente, Otávio Azevedo, preso em
junho, foi a maior doadora de recursos na campanha de Aécio à
Presidência em 2014. Foram 322 doações, que somaram mais de R$ 20
milhões, de acordo com dados do TSE.



Cemig



Outra relação da companhia com o PSDB de Aécio Neves ocorreu em Minas Gerais, onde a Andrade Gutierrez recebeu, de bandeja, a gestão da Cemig,
que lhe foi entregue pelos tucanos em um acordo de acionistas. A
estatal mineira é apontada como uma das empresas usadas no esquema de
corrupção que alimentou o esquema do doleiro Alberto Youssef.



Vale lembrar que o tucano Aloysio Nunes já foi indicado pelo
procurador-geral, Rodrigo Janot, como um dos alvos da investigação, após
declarações do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, de que Nunes
teria recebido R$ 200 mil de caixa dois para sua campanha ao
Senado. Aécio, por sua vez, foi citado em vários depoimentos do doleiro
Alberto Youssef por ter supostamente recebido dinheiro de Furnas.



Outros citados



Outras lideranças da oposição também apontadas como integrantes do
esquema continuam sendo ignoradas pela mídia. Segundo o doleiro Alberto
Youssef, em acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa,
ele teria feito pagamentos para a campanha de Álvaro Dias (DEM-PR) em
1998.



Após questionamento do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ),
sobre o uso de um jato alugado pela prefeitura de Maringá para
políticos, Youssef respondeu: “Na época eu fiz a campanha do senador
Alvaro Dias e parte destas horas voadas foram pagas pelo Paolicchi, que
foi secretário da Fazenda da Prefeitura de Maringá. E parte foram
doações mesmo que eu fiz das horas voadas”.



Em 1998, houve uma investigação na Prefeitura de Maringá por conta de
possíveis desvios de recursos para o pagamento de jatos que foram
supostamente usados por Álvaro Dias.



Em resultado, a Justiça Estadual condenou por improbidade administrativa
o ex-prefeito Jairo Morais Gianoto, eleito pelo PSDB para o mandato de
1997 a 2000, que recorreu da condenação e vive em uma fazenda em Mato
Grosso, e o ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luiz Antônio Paolicchi,
que morreu em 2011, mas na época da investigação chegou a ser preso
pela Polícia Federal.



Em depoimento, ele confirmou o envolvimento. “O prefeito chamou o
Alberto Yossef e pediu para deixar um avião à disposição do senador
[Álvaro Dias]”, aponta reportagem da Rede Brasil Atual publicada neste
domingo (13).



Os envolvidos, incluindo Youssef, foram condenados a devolver aos cofres
públicos de Maringá “o valor desviado que, corrigido, corresponde a
cerca de R$ 1 bilhão”. 





Do Portal Vermelho, com informações do Diário do Poder e Rede Brasil Atual

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