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sexta-feira, 27 de março de 2015

Graça: 'Privatizar a Petrobras e deixar os corruptos não faz sentido'     - Portal Vermelho



Graça: 'Privatizar a Petrobras e deixar os corruptos não faz sentido' - Portal Vermelho
Em depoimento na CPI da Petrobras, nesta quinta-feira (26), a ex-presidente da estatal Graça Foster disse que o esquema de corrupção "se formou fora da Petrobras" e saiu em defesa da empresa, dizendo que é preciso combater e punir os corruptores. "Privatizar a Petrobras e deixar os corruptos lá dentro não faz sentido. Manter a Petrobras e também deixar os corruptos, não faz sentido", disse.



Agência CâmaraGraça Foster, ex-presidente da Petrobras, prestou depoimento à CPI na Câmara

"Eu não vivo dois mundos, dois princípios. Meu princípio é da ética. Eu interrompi minha carreira, nós (eu e meus companheiros de diretoria) saímos da Petrobras porque entendemos que a transparência nas investigações seria maior sem a nossa presença", reafirmou Graça sobre a sua saída da estatal.

Em resposta ao deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI, sobre as ações de controle da empresa feitas pelo Tribunal de Contas da União, bem como as auditorias externas feitas pela Price Waterhouse, Graça disse que nada foi verificado. Luiz Sérgio lembrou que o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli também disse à CPI que a corrupção era algo externo à empresa.

O relator perguntou a Graça Foster se procediam as afirmações atribuídas aos delatores da Operação Lava Jato Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e Pedro Barusco de que as licitações na Petrobras eram feitas de maneira muito correta.

"Não conheço caso em que diretores da Petrobras tivessem tido informações de vencedores de licitações antes da abertura dos envelopes de propostas", disse Foster ao negar o vazamento de informações privilegiadas.

Graças considerou como "justo" o valor contábil de R$ 88 bilhões referentes a perdas da Petrobras, conforme balanço da empresa apresentado ao Conselho de Administração da Petrobras em janeiro último. No entanto, rebateu aqueles que dizem que esse valor corresponda a perdas com corrupção verificadas pela Operação Lava Jato. "Esses R$ 88 bilhões representam o valor justo por conta de uma série de ineficiências, até mesmo por causa de chuva e outros, não são o número da corrupção", disse.

Balanço

"Eu defendi na ocasião que o mercado deveria ser informado deste valor, mesmo que a metodologia usada para fazer o cálculo seja questionada", disse Graça Foster. "A presidente Dilma Roussef pediu para a senhora não divulgar este balanço?", perguntou o deputado oposicionista Onyx Lorenzoni (DEM-RS). "Não, a presidente nunca me pediu isso", ela respondeu.

Lorenzoni também questionou a ex-presidente da Petrobras a respeito da afirmação feita pela ex-funcionária da Petrobras Venina Velosa de que teria alertado Graça Foster a respeito de corrupção na Petrobras. Graça voltou a dizer que não foi informada de irregularidades, fato que foi reafirmado pelo Ministério Público que dispensou Venina como testemunha por considerar que suas informações tinham pouca relevância para a investigação.

Graça destacou que os órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União, melhoraram a gestão da estatal e ressaltou o papel da Polícia Federal. "O grande descobridor foi a Polícia Federal, não foram os auditores nem a própria empresa que descobriu", disse.

Ela disse que a Price Waterhouse, empresa de auditoria contratada pela Petrobras, avalizou sem ressalvas as contas da empresa a respeito do primeiro trimestre de 2014. Ela acrescentou que a Price só mudou o parecer depois da divulgação dos depoimentos dos delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.

Câmbio prejudica Petrobras

Ao responder as perguntas sobre a saúde financeira da estatal, Graça disse que o câmbio é, hoje, um dos grandes problemas da empresa. "O dólar acima de R$ 3,00 é muito ruim para a Petrobras", disse ela.

Graça reafirmou que mandou cancelar todos os contratos da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshore assim que soube do pagamento de propinas a diretores pelo empresário Bruno Chabas, representante da própria SBM. "Eu disse a ele que cancelaria os contratos se ele não me dissesse quem pagou propina a quem, o que acabei fazendo", disse.

Esquema de Barusco desde FHC

Ela afirmou que a Petrobras analisou todos os contratos com a SBM, sem identificar sobrepreço ou indícios de corrupção. "Eu não consigo imaginar como pode ser verdadeira a fala do (Pedro) Barusco (ex-gerente de Tecnologia da Petrobras, que fez delação premiada) de que ele, sozinho, recebia propina. Até hoje não temos um retrato oficial da propina da SBM. Só temos a fala do Barusco. A Petrobras fez investigações nos contratos com a SBM: fomos à CGU, ao MPF (Ministério Público Federal), à Holanda e eles entendem que não sabem quem pagou propina para quem", disse a ex-presidente da empresa.

Barusco disse, à Justiça Federal, que começou a receber propina da SBM em 1997 ou 1988, enquanto ocupava o cargo de gerente de Tecnologia de Instalações da Diretoria de Exploração e Produção da Petrobras. Como os contratos eram de longa duração, ele admitiu ter recebido propina regularmente até 2003, período em que era gerente de Tecnologia de Instalações. De 1997 (ou 1998) a 2010, disse ter recebido US$ 22 milhões de propina por conta de contratos entre a Petrobras e a SBM, dinheiro depositado em contas no exterior operadas por Júlio Faerman, representante da empresa.

Do Portal Vermelho, com informações da Agência Câmara

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