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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Os 60 anos do BNDES e seu papel no desenvolvimento - Desafios do Desenvolvimento - Revista IPEA -2012*


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2012 . Ano 9 . Edição 75 - 28/12/2012
Karen Fernandez Costa
As instituições políticas e a mediação por elas realizada entre as tendências da economia internacional e o cenário político-econômico doméstico constituem aspecto fundamental para a compreensão das potencialidades, desafios e impasses da trajetória de desenvolvimento dos países. No caso brasileiro, algumas instituições cumprem papel notável neste processo. Destaca-se no país o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição que, em 2011, concedeu R$ 139,7 bilhões em empréstimos e que neste ano chegou ao seu sexagésimo aniversário.

Fundado em 1952, a criação do BNDES ocorreu num contexto em que a tendência era fundar bancos de desenvolvimento para viabilizar a industrialização dos países periféricos. No entanto, ele se diferenciou por, ao contrário das instituições análogas, ter resistido às mudanças no contexto internacional e nacional, especialmente às reformas liberalizantes.

Em seu nascimento, a função do BNDE (à época sem o S, de Social) era a de realizar um programa de reaparelhamento e fomento das atividades de infraestrutura do país e de promover o desenvolvimento econômico. No governo JK, o BNDES foi o grande agente financeiro e o órgão chave do Plano de Metas, além de ter antecipado muitas das medidas que compuseram este plano. No pós-1964, foi reconhecido como principal instrumento de execução da política de investimento do Governo Federal e direcionou-se, já em 1968, para o setor privado nacional. No II PND, quando o Governo Geisel pretendeu intensificar o programa de substituição de importações e a empresa privada nacional passa a ser vista como prioritária pelo governo, o BNDES promovia a industrialização pesada e concebia a empresa privada nacional como foco de sua atuação.

Na década de 1980, quando estouraram no Brasil a crise da dívida e o problema da inflação, o BNDES viveu momentos de ausência de orientação política na concessão de financiamentos. No entanto, o Banco formulou uma estratégia (a Integração Competitiva) independente do Governo Federal, antecipando muitas medidas que posteriormente compuseram os Planos de Governo de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.

A Integração Competitiva tinha como pressupostos: a abertura da economia, com o objetivo de estimular a competitividade, o fim da proteção tecnológica, da reserva de mercado e da diferenciação entre capital nacional e capital estrangeiro; as privatizações, para melhorar a eficiência e liberar recursos para outros setores e a competitividade dos serviços. Havia, por trás desta plataforma, uma estratégia de desenvolvimento de médio e longo prazo.

Não foi esta a linha implementada nos governos Collor e Itamar e no primeiro mandato de FHC. Nesse último período, a instituição foi pouco capaz de pautar a agenda governamental, agiu de forma compensatória à política macroeconômica e não buscou viabilizar ou redefinir uma estratégia de desenvolvimento de médio e longo prazo.

Na segunda gestão de FHC, o BNDES instituiu fundos para incentivar pequenas empresas de base tecnológica, mas as iniciativas foram limitadas tanto do ponto de vista dos recursos despendidos como da importância e visibilidade que obtiveram no interior e fora da instituição. Nos anos 1990, o banco foi incapaz de impulsionar, junto a outros atores relevantes como, por exemplo, o Ministério do Planejamento e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a priorização de temas relacionados à política industrial e aos investimentos em infraestrutura na agenda governamental. De modo geral, agiu a reboque das prioridades da Fazenda/Banco Central e foi “estratégico” para viabilizar o que era emergencial ao governo (o ajuste fiscal, por exemplo).

A partir de 2003 e, especialmente da gestão de Luciano Coutinho no BNDES, foram retomados aspectos que permaneciam na sua agenda interna. Foi recuperada a perspectiva de formular e implementar políticas de desenvolvimento e foram elaborados planos de política industrial (Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior – PITCE e a Política de Desenvolvimento Produtivo) que traziam a perspectiva de se investir em setores estratégicos e de priorizar a inovação. Assim, o Banco, além do papel anticíclico fundamental na crise de 2008, passou a protagonizar iniciativas de incentivo à inovação, ao desenvolvimento tecnológico e a setores estratégicos.

A trajetória do BNDES permite a elucidação de aspectos fundamentais do percurso do desenvolvimento brasileiro e mostra que ele continuará a ser peça chave nos rumos do país.
___________________________________________________________________________________
Karen Fernandez Costa é Doutora em Ciência Política pela Unicamp, pesquisadora do INCT-Ineu e professora da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (EPPEN) da Unifesp.

*http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2877:catid=28&Itemid=23

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Dilma diz que não reduz direitos trabalhistas “nem que a vaca tussa” - Agência Brasil


Agência Brasil
 
Dilma diz que não reduz direitos trabalhistas “nem que a vaca tussa”
Luana Lourenço Edição: Nádia Franco
A presidenta Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT, afirmou hoje (17) que não fará reformas na lei trabalhista que reduzam direitos dos trabalhadores, “nem que a vaca tussa”. Segundo Dilma, o direito às férias e ao décimo terceiro salário está entre os itens que não podem ser alterados para atender a interesses de empresários.
“Eu não mudo direitos na legislação trabalhista. Férias, décimo terceiro, FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], hora extra, isso não mudo nem que a vaca tussa”, enfatizou a candidata, em entrevista após encontro com empresários na Associação Comercial e Industrial de Campinas, no interior paulista.
Em alguns casos, segundo Dilma, é possível fazer adaptações na lei, mas sem reduzir direitos, como no caso de trabalho de jovens aprendizes em micro e pequenas empresas. A candidata lembrou que a lei determina que os empresários paguem pela formação dos aprendizes, mas, para estimular a contratação, o governo anunciou na última semana que, nesses casos, aformação será custeada com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

A candidata à reeleição voltou a comentar uma proposta apresentada nos últimos dias, de que, se reeleita, criará um regime tributário de transição para que micro e pequenos empresários não tenham que limitar o crescimento por medo de perder os benefícios e isenções do Simples Nacional. Dilma também se comprometeu a “acabar com a indústria da multa”, garantindo que a atuação dos fiscais tributários nas empresas de pequeno porte seja primeiro educativa, antes da aplicação da punição.
Ela reforçou o compromisso de reduzir a burocracia para os processos de abertura e, principalmente, fechamento de empresas e disse que as primeiras medidas serão anunciadas ainda neste mês. “Abrir e fechar empresas no Brasil é, de fato, um grande desafio. Temos o compromisso de assegurar que esse tempo seja reduzido, que saia de 100, para, em alguns casos, cinco dias”.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Nivaldo Santana: São Paulo está na contramão das conquistas do Brasil - PCdoB. O Partido do socialismo.

Nivaldo Santana: São Paulo está na contramão das conquistas do Brasil - PCdoB. O Partido do socialismo.

Na última sexta-feira (12), o secretário
nacional Sindical do PCdoB e candidato a vice-governador de São Paulo,
Nivaldo Santana, concedeu entrevista ao Portal Vermelho. O
comunista toca em questões importantes a serem resolvidas no estado,
como a crise hídrica e a lentidão da expansão metroviária. Segue abaixo a
íntegra da entrevista.



Laís Gouveia, da redação do Vermelho
MuriloTomaz
Nivaldo
Nivaldo Santana colocou como prioridade em sua vida a luta em defesa dos trabalhadores.


Nivaldo Santana é paulistano, filho de pais baianos que
migraram para São Paulo no pau de arara, assim como tantos outros
brasileiros, buscado uma vida melhor. Jovem, trabalhando na Sabesp,
estudando na USP e militante político desde 1974, teve que deixar de
estudar e priorizar a política no período do regime militar. Foi
presidente distrital do extinto Movimento Democrático Brasileiro (MDB),
atuou no Movimento contra a Carestia e em lutas políticas e populares.



Em 1980 ingressou nas fileiras do ainda clandestino PCdoB e foi eleito
em 1988 presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema). Em 1988, ajudou na
construção e foi membro nacional da Corrente Sindical Classista. Já em
1992 foi eleito primeiro-secretário da CUT São Paulo. O líder sindical
foi eleito deputado estadual em 1994, exercendo três mandatos, sempre
dando prioridade à luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras.





Nivaldo Santana, na fundação do Sintaema.



Em 2007, com a fundação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB), foi eleito vice-presidente da Central, cargo que ocupa até
hoje. É membro do Comitê Central do PCdoB há mais de vinte anos, foi
presidente do Partido na capital e no estado de São Paulo. Há três anos
ocupa a Secretaria Sindical Nacional. Nivaldo também integra a Escola
Nacional de Formação e o Conselho da Fundação Maurício Grabois.



Portal Vermelho: O Brasil avançou nesses últimos anos de governos
progressistas. Em sua opinião, o estado de São Paulo acompanhou esse
ciclo de mudanças?



Nivaldo Santana: temos no Brasil dois grandes projetos em disputa. Um
foi derrotado nas eleições de 2002, encerrando um ciclo neoliberal,
privatista, que promovia uma abertura desenfreada da economia,
encabeçada por Fernando Henrique Cardoso na Presidência da República nos
anos 1990. Esse período não trouxe desenvolvimento econômico e muito
menos justiça social. Em contrapartida, o outro projeto de país, que tem
como marco a vitória de Lula há 13 anos, representa uma nova etapa
política da vida brasileira que prevê uma ação protagonista do Estado,
incrementando o desenvolvimento econômico, promovendo a justiça social,
garantindo as liberdades democráticas, promovendo a integração
latino-americana e a defesa da soberania do nosso país. Dentro desse
contexto de bipolarização política, a compreensão é que São Paulo ficou
na contramão da história. O estado tem um PIB que representa quase um
terço da economia do país. Assim São Paulo deveria ser líder para
alavancar o crescimento econômico brasileiro, desenvolver políticas de
distribuição de renda e valorização do trabalho. Mas em todas às áreas o
governo enfrenta dificuldades. O estado perdeu o dinamismo, o elo da
história, por isso o processo de renovação e de mudanças é a melhor
opção para a população.





Nivaldo Santana, em seu mandato de deputado estadual, discursa na Alesp.



O PSDB então priorizou interesses partidários e prejudicou a chegada de programas nacionais no estado?



O PSDB e as elites possuem uma visão autossuficiente e arrogante de que
São Paulo não precisa de parcerias nacionais. Essa postura excludente
dificultou o desenvolvimento de políticas de promoção social, a melhoria
dos transportes e construção de moradias populares. A parceria dos
municípios com a união é fundamental para reverter o estado de letargia
atual e fazer com que o estado acompanhe os rumos nas conquistas que o
país obteve nos últimos 12 anos e volte a se desenvolver.



Estamos passando por um sério problema com a questão da falta d’água
no estado. A origem dessa crise é a má gestão da Sabesp ou de “São
Pedro”?




A estiagem é um fator agravante, mas a causa dessa crise foi a falta de
planejamento e de investimento por parte do governo. Como exemplo, em
agosto de 2004 a Sabesp assinou um contrato com o Departamento de Água e
Esgoto, em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), para renovar
a outorga do Sistema Cantareira. Esse contrato, que completou 10 anos
recentemente, tem alguns pré-requisitos, como a diminuição da
dependência da Sabesp do Sistema Cantareira, a realização de obras para
aumentar a captação de água em conjunto com o desenvolvimento de
políticas do uso racional da água e o estímulo a uma cultura de não
desperdício, pois o sistema de abastecimento, pelo seu envelhecimento e
falta de manutenção, perde entre 35 a 40% de toda a água tratada, é
necessário adotar a política do reuso da água não potável para a limpeza
urbana, comercial e industrial. Ocorre que a estatal, sob a gestão do
PSDB, reduziu suas ações para grupos privados, metade das ações da
Sabesp é negociada na Bolsa de São Paulo e a outra na Bolsa de Nova
York. Essas instituições impõem ações draconianas de governança
corporativa, exigem lucros crescentes, distribuição de dividendos,
gerando um conflito de interesses entre a preocupação da garantia do
abastecimento de água para toda a população em prol do interesse da
obtenção de lucros crescentes privados. É adequado que uma empresa
estatal tenha um equilíbrio econômico financeiro, o que não é aceitável é
um lucro dessa magnitude em detrimento de investimentos imprescindíveis
para a regularidade no fornecimento de água.





Candidato a vice-governador, Nivaldo Santana em campanha, dialoga com a população.



Como reverter à crise do abastecimento d’água?



Para reverter essa situação é preciso reorientar as prioridades,
realizar obras e serviços indispensáveis para o fornecimento de água
para o consumo humano e atividades econômicas. Aponta nessa direção o
programa “Água Dia e Noite”, que o nosso candidato, Alexandre Padilha,
apresentou.



O projeto consiste em um conjunto de obras e serviços que garantem o
abastecimento duradouro de água. São previstas obras emergenciais como a
ampliação do volume da represa Taiaçupeba, no Sistema Alto Tietê, que
beneficiará três milhões de moradores da Zona Leste de São Paulo, e a
transposição do Rio Pequeno para o Rio Grande, no sistema
Billings-Guarapiranga, que irá favorecer as cidades de Santo André, São
Bernado do Campo, São Caetano e Diadema (ABCD). Somam-se a isso obras
estruturantes que incluem a implantação do Sistema São Lourenço e
intervenções para a bacia do Piracicaba/Capivari/Jundiaí (PCJ).



Outros pontos do programa são: investir, no mínimo, o dobro do que
atualmente é empregado na redução de perdas de água nos sistemas de
distribuição; pagar por serviços ambientais e remunerar municípios
produtores de água; estimular as empresas para que adotem água de reuso e
de captação da chuva em seus processos de produção; agir junto com os
municípios para aumentar os índices de tratamento de esgoto; além da
adoção de uma política de bônus para quem reduzir o consumo.





Nivaldo Santana e Alexandre Padilha saem às ruas em caminhada.



Hoje o paulistano convive com um colapso do transporte em todos os
sentidos. Metrôs lotados, uma rede da CPTM sucateada e intermináveis
congestionamentos. Qual o projeto da coligação para a mobilidade urbana?




Nesse mês de setembro o metrô esta comemorando 40 anos de existência.
Dessas quatro décadas, quase metade foi sob a gestão do PSDB. Temos uma
malha metroviária em torno de 70 km, é visível que o crescimento das
linhas de metrô segue a passo de tartaruga e a demanda da população pelo
serviço aumenta a cada dia. Regiões extremamente populosas como a Vila
Brasilandia, Jardim Ângela, Taboão da Serra, ABC, precisam com urgência
de novas estações de metrô. O governo precisa ser comprometido com os
cidadãos e dar prioridade ao transporte sobre trilhos, pois é menos
poluente, mais rápido e mais prático. Além disso, é preciso reverter a
situação de sucateamento em que a CPTM se encontra.



Outra medida no sentido da mobilidade urbana é a criação do Bilhete
Único Metropolitano, que vai proporcionar 25% de desconto imediato para
quem utiliza trens urbanos intermunicipais na grande São Paulo e metrôs
da sua região metropolitana, reduzindo os gastos da população com
transporte público.



A Cidade do México iniciou a construção do seu metrô em um tempo
semelhante que São Paulo e hoje possui mais de 300 km de linhas
expandidas. Aqui na capital paulista atingimos cerca de 70 km. Esse
resultado lento na expansão metroviária é consequência da má gestão do
dinheiro público?




Ocorre a falta de investimento como fator prioritário e a causa da
lentidão da expansão do metrô foi a gestão temerária envolvendo a
questão do cartel e o desvio de dinheiro, situação que caminha sob
investigação. A não transparência no uso do dinheiro público demonstra
que os tucanos gostam muito de falar em moralidade administrativa, mas
quando os problemas atingem as suas gestões, ao invés de punir os
responsáveis, eles adotam a velha política de esconder a poeira debaixo
do tapete.



Vivemos uma situação caótica na área da saúde em São Paulo e o Alexandre
Padilha é ex-ministro da Saúde. O que o senhor e o candidato a
governador estão pensando a respeito de programas de políticas públicas
de saúde a serem implementadas no estado?



Nossa proposta é ampliar a capacidade de atendimento à população,
agilizar e humanizar as consultas, exames e todos os procedimentos
hospitalares. Para isso é necessário fortalecer o SUS e promover a maior
parceria dos municípios com a união. Além disso, o programa Mais Médicos
atende cerca de 10 milhões de pessoas que não possuem acesso ao
profissional especializado. Em um patamar superior, vamos criar o
programa Mais Médicos Especialidades, que consiste na valorização dos
médicos da rede estadual, parceria com hospitais e clínicas privadas
para ampliar vagas e o número de residências médicas para formar mais
especialistas. Além disso, vamos garantir o Samu em 100% dos municípios.
Quando ministro, Padilha aumentou a cobertura do Samu para 140 milhões
de brasileiros.







O PCdoB é o partido mais antigo do país, com uma longa trajetória de
lutas. Qual o diferencial que o militante comunista joga nesta campanha?



O PCdoB tem dado uma grande contribuição para a quarta vitória do povo e
no estado de São Paulo na coligação PT-PCdoB. Na condição de candidato a
vice-governador, considero que a indicação do Partido na chapa aumenta a
representatividade política e social do PCdoB, pois incorpora
trabalhadores, sindicalistas que dão uma dimensão social importante à
nossa chapa e serve de elemento de mobilização nas diferentes áreas de
atuação partidária. Todas as frentes estão em uma grande mobilização,
seja o movimento sindical, feminista, de juventude, comunitário, negro.
Todos estão nas ruas e nos comitês para a eleição dos nossos candidatos a
deputados estaduais, federais, para eleger Alexandre Padilha governador
e Dilma Rouseff presidenta do Brasil.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Victor Jara en Peru - 17 de julio de 1973 - Show na TV peruana

Luis Nassif Online- O assassinato do cantor Victor Jara na ditadura chilena

O assassinato do cantor Victor Jara na ditadura chilena

Do Diário da Classe
O assassinato de um cantor popular
Víctor Jara – 28.09.1932 – 15.09.1973
Grande cantor popular chileno, ele foi cruelmente assassinado nos primeiros dias da ditadura instaurada pelos militares liderados por Augusto Pinochet em 1973. O crime aconteceu no Estádio Nacional que servia de prisão para milhares de militantes. O relato chocante abaixo, que mostra a barbaridade do assassinato, foi retirado de No Olho do Furacão, do jornalista brasileiro Paulo Cannabrava, a partir de relatos de quem esteve lá.
“Em um dado momento, Victor desceu para a platéia e se aproximou de uma das portas por onde entravam os detidos. Ali topou – cara a cara – com o comandante do campo de prisioneiros que o olhou fixamente e fez o gesto mimico de quem toca violão. Victor assentiu com a cabeça, sorrindo com tristeza e ingenuidade. O militar sorriu, contente com sua descoberta..
Levaram Victor até à mesa e ordenaram que pusesse suas mãos em cima dela. Rapidamente surgiu um facão. Com um só golpe cortaram seus dedos da mão esquerda e, com outro, os da mão direita. Os dedos cairam no chão de madeira, ainda se mexendo, enquanto o corpo de Victor se movia pesadamente.
.
Depois choveram sobre ele golpes, pontapés e os gritos: ‘canta agora… canta…’, a fúria desencadeada e os insultos soezes do verdugo ante um ‘alarido coletivo’ dos detidos.
.
De improviso, Victor se levantou trabalhosamente e, com o olhar perdido, dirigiu-se às galerias do estádio… fez-se um silêncio profundo. E então gritou:
- Vamos lá, companheiros, vamos fazer a vontade do senhor comandante.
Firmou-se por alguns instantes e depois, levantando suas mãos ensanguentadas, começou a cantar em voz ansiosa o hino da Unidade Popular (Coligação de partidos de esquerda que apoiavam o governo de Allende), a que todos fizeram coro.
.
Aquele espetáculo era demasiado para os militares. Soou uma rajada e o corpo de Victor começou a se dobrar para a frente, como se fizesse uma longa e lenta reverência a seus companheiros. Depois caiu de lado e ficou ali estendido.”

Victor Jara- el derecho de vivir en paz- 1971.

Victor Jara- el derecho de vivir en paz- 1971.

no youtube

 

Quilapayun - Homenage a Salvador Allende - Chile

Allende no Estadio Nacional em 1971 - "Só me matando a balaços me impedirão de cumprir o Programa que o povo me confiou"

El último discurso de Salvador Allende - 11/09/1973 - "A História é nossa, e é feita pelos povos"

Na EBC
Leia na íntegra o último discurso do presidente chileno em português 

"Seguramente, esta será a última oportunidade em que poderei dirigir-me a vocês. A Força Aérea bombardeou as antenas da Rádio Magallanes. Minhas palavras não têm amargura, mas decepção. Que sejam elas um castigo moral para quem traiu seu juramento: soldados do Chile, comandantes-em-chefe titulares, o almirante Merino, que se autodesignou comandante da Armada, e o senhor Mendoza, general rastejante que ainda ontem manifestara sua fidelidade e lealdade ao Governo, e que também se autodenominou diretor geral dos carabineros.

Diante destes fatos só me cabe dizer aos trabalhadores: Não vou renunciar! Colocado numa encruzilhada histórica, pagarei com minha vida a lealdade ao povo. E lhes digo que tenho a certeza de que a semente que entregamos à consciência digna de milhares e milhares de chilenos, não poderá ser ceifada definitivamente. [Eles] têm a força, poderão nos avassalar, mas não se detém os processos sociais nem com o crime nem com a força. A história é nossa e a fazem os povos.

Trabalhadores de minha Pátria: quero agradecer-lhes a lealdade que sempre tiveram, a confiança que depositaram em um homem que foi apenas intérprete de grandes anseios de justiça, que empenhou sua palavra em que respeitaria a Constituição e a lei, e assim o fez.

Neste momento definitivo, o último em que eu poderei dirigir-me a vocês, quero que aproveitem a lição: o capital estrangeiro, o imperialismo, unidos à reação criaram o clima para que as Forças Armadas rompessem sua tradição, que lhes ensinara o general Schneider e reafirmara o comandante Araya, vítimas do mesmo setor social que hoje estará esperando com as mãos livres, reconquistar o poder para seguir defendendo seus lucros e seus privilégios.

Dirijo-me a vocês, sobretudo à mulher simples de nossa terra, à camponesa que nos acreditou, à mãe que soube de nossa preocupação com as crianças. Dirijo-me aos profissionais da Pátria, aos profissionais patriotas que continuaram trabalhando contra a sedição auspiciada pelas associações profissionais, associações classistas que também defenderam os lucros de uma sociedade capitalista. Dirijo-me à juventude, àqueles que cantaram e deram sua alegria e seu espírito de luta. Dirijo-me ao homem do Chile, ao operário, ao camponês, ao intelectual, àqueles que serão perseguidos, porque em nosso país o fascismo está há tempos presente; nos atentados terroristas, explodindo as pontes, cortando as vias férreas, destruindo os oleodutos e os gasodutos, frente ao silêncio daqueles que tinham a obrigação de agir. Estavam comprometidos.

A historia os julgará.

Seguramente a Rádio Magallanes será calada e o metal tranqüilo de minha voz não chegará mais a vocês. Não importa. Vocês continuarão a ouvi-la. Sempre estarei junto a vocês. Pelo menos minha lembrança será a de um homem digno que foi leal à Pátria. O povo deve defender-se, mas não se sacrificar. O povo não deve se deixar arrasar nem tranqüilizar, mas tampouco pode humilhar-se.
Trabalhadores de minha Pátria, tenho fé no Chile e seu destino. Superarão outros homens este momento cinzento e amargo em que a traição pretende impor-se. Saibam que, antes do que se pensa, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

Viva o Chile! Viva o povo! Viva os trabalhadores! Estas são minhas últimas palavras e tenho a certeza de que meu sacrifício não será em vão. Tenho a certeza de que, pelo menos, será uma lição moral que castigará a perfídia, a covardia e a traição."







PABLO MILANES - A SALVADOR ALLENDE EN SU COMBATE POR LA VIDA

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Luiz Carlos Antero - Votar em Dilma é avançar!

Votar em Dilma Rousseff até o atual momento foi uma obrigação cívica de quem considerava inaceitável o retrocesso, em defesa dos avanços futuros. A partir de hoje passa a representar o avanço em si.

Isso acontece a partir de um fato decisivo: a mudança de rumo e tom na campanha. Da clara desmistificação, no programa de TV, de toda a montagem da farsa da corrupção que fazia recair sobre o atual governo o desastre da impunidade em mais de cinco séculos de gestão das elites brasileiras. E que agora a corrupção é evidente porque em seu governo se investiga e pune a roubalheira. 

Mas sobretudo é marcante a aberta rejeição às posições de aliança ao sistema financeiro. Na TV, Dilma teceu duras críticas à autonomia que Marina promete ao Banco Central, que passaria a ser um instrumento de maior acumulação privada dos recursos públicos, determinando os rumos da economia e do bem estar da população. 

Agora o povo brasileiro tem o sinal claro de um projeto político distinto, que reconhece: nenhum país alcança a prosperidade refém da especulação, da agiotagem, da usura e da drenagem de seus recursos rumo ao patrimônio dos bancos. Ficou estabelecido que sua campanha não se compromete e não recebe recursos dessa fonte, como ocorre nos projetos de Marina e Aécio, reféns incondicionais da ciranda financeira.

O meu Luiz Aparecido - Rogério Siqueira

O meu Luiz Aparecido, "...OU NÃO ! COMO DIRIA O CAETANO !"

Eis que o nosso Luiz Aparecido, "partiu fora do combinado", como diria o Rolando Boldrin. Nos despedimos dele justamente num 07 de setembro, que prá mim, doravante, será o feriado de Luiz Aparecido, sim, porque entre ele e Dom Pedro I, sou mais o meu amigo highlander !!!
 

Militante comunista, cangaceiro judeu, revolucionário até o último fio de cabelo, sociólogo, compositor e poeta bissexto, bombeiro ( isso mesmo, ele também manjava muito de bombas... ), e maior especialista em capivaras de toda a "Grande Penápolis", que prá quem não sabe, e ele vivia explicando: vai de Três Lagoas-MS até Bauru-SP.

Pai de quem quisesse ser seu filho, meu camarada e amigo Aparecidinho não tombou nem à tortura, que lhe ceifou um dos rins,nem às balas da ditadura militar, uma das quais mora até hoje em seu crânio, e deve ter permanecido lá para que nunca nos esqueçamos deste período nefasto da história brasileira. Sim, amigos, se hoje estamos aqui em liberdade, também é graças ao nosso Luiz Aparecido e tantos outros militantes que deram seu sangue, sua saúde e muitos a própria vida.

Numa certa manhã, quando trabalhávamos juntos aqui em Brasília, vindo do Aeroporto, Aparecido adentra nossa sala, abre um enorme sorriso e diz : "Acabei de dar de cara com um japa que foi um dos meus torturadores !". Perguntei por que ele estava dizendo isso com tanta leveza e sorrindo, se o sujeito foi um dos que quase o mataram. Ainda com ar sorridente ele respondeu " Nos cinco segundos em que paramos frente a frente, vi o desespero no olhar dele, desespero que nunca tive quando ele me torturou !"

Dizia que era "highlander" e não iria morrer nunca... Assim como seus camaradas Cloves Wonder e Arthur De La Meza. E só hoje podemos constatar que é a pura verdade, não morrerá mesmo, e vivo está por sua trajetória revolucionária, pelo sentimento de amizade que cultivou do seu jeito, pelo seu humor ácido e certeiro.

 


Semana passada ao visitá-lo no San Marcos, me despedí dizendo que ele sairia dessa, pois já havia vencido embates piores. Ele me respondeu que iria se reerguer mesmo, e quando eu já me afastava ele completou : "ou não, como diria o Caetano".

Cada um tem o seu...Este é, e será sempre o meu Luiz Aparecido.

Rogério Siqueira 07/07/14

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O que junho (2013) prescreveu para setembro (2014)? - Ana Maria Prestes -Portal Vermelho

O que junho (2013) prescreveu para setembro (2014)? - Portal Vermelho

O que junho (2013) prescreveu para setembro (2014)? Ana Maria Prestes *

Pegue um monte de jovens inteligentes, conectados e bem intencionados moradores dos grandes centros urbanos do Brasil.
Use a grande mídia para ressoar suas justas reivindicações por melhoria da qualidade de vida - especialmente nas grandes cidades - direitos básicos e ampliação do acesso a bens de consumo.

Incentive a profusão de propostas sem ordenamento ou método de exposição, fazendo com que todas pareçam ser importantes no mesmo nível e passíveis de serem ajustadas ao sabor dos ventos. O importante é propor, sem medir consequências.

Refresque na memória da garotada o mantra anti-política e anti-partidos entoado em seus ouvidos, desde o berço, no calor da queda do muro de Berlim e ao longo da neoliberal década de 90.

Desperte o que ainda há de mais conservador nas salas de estar da família brasileira e prometa sua redenção com a extinção dos vermelhos ateus que estão ocupando o governo central.

Acene aos jovens com neologismos políticos: "democracia de alta intensidade", "Estado mobilizador" e "incidência da sociedade civil" como componentes de um programa mudancista de poder.

Escolha para representar este programa alguém que "não tenha partido", “não queira ser candidato(a)”, "não obedeça hierarquia", "não tenha programa fechado", proponha "governar com todos" e abomine os métodos leninistas de organização política e tudo que remeta à "velha política". Afinal, a “nova política” é horizontalista.

Faça-os acreditar que a “nova política” é financiada por muitos que contribuem com pouco e não por poucos que contribuem com muito. E se há os que contribuem com muito é porque são empresas ungidas por serem vocacionadas pelo “social” e o “desenvolvimento sustentável”, quase filantrópicas.

Transmita tudo ao vivo e espetacularmente pelos grandes meios de comunicação e você terá uma adesão “espontânea”, massiva, comovida e quase embriagada por algum tempo.

Nota da autora: como o tempo da política é próprio, não se sabe a durabilidade do engodo...



* Ana Maria Prestes é Doutora em Ciência Política pela UFMG. Membro do Comitê Central do PCdoB.

Dilma conclama povo brasileiro a defender o Pré-Sal e o Desenvolvimento - Programa de 06 de setembro de 2014

domingo, 7 de setembro de 2014

Morre em Brasília o jornalista comunista Luiz Aparecido - Portal Vermelho

Perdemos um seguidor ontem, o Luiz Aparecido, um camarada de luta que fará muita falta.



Luiz, estamos aqui, camarada, bandeira erguida, na luta!



Paulo Vinícius





Morre em Brasília o jornalista comunista Luiz Aparecido - Portal Vermelho
Morreu neste sábado (6), em Brasília, o jornalista Luiz Aparecido, militante revolucionário e comunista há cinco décadas. Aparecido militou na Aliança Libertadora Nacional, organização revolucionária dirigida por Carlos Marighella, na Ação Popular e, desde o início dos anos 1970, no Partido Comunista do Brasil. Durante a ditadura militar foi preso e torturado.



Aparecido militou em São Paulo, Espírito Santo, onde foi dirigente do Comitê Estadual, e Brasília. Nas fileiras comunistas, Aparecido militou em São Paulo, Espírito Santo, onde foi dirigente do Comitê Estadual, e Brasília. Em diferentes períodos, atuou na imprensa partidária, no jornal A Classe Operária e na revista Princípios. Ultimamente, era blogueiro e colaborador ativo do Portal Vermelho, como um dos responsáveis pela sucursal de Brasília. Foi durante décadas um colaborador ativo da frente de agitação e propaganda do Partido.

Cientista social e jornalista, acumulou larga experiência em veículos da imprensa nacional e em assessorias institucionais. Trabalhou nos Diários Associados de São Paulo, no grupo de revistas Manchete, no Metronews e GuaruNews de São Paulo, no Jornal de Brasília e na Câmara dos Deputados, como assessor de imprensa e parlamentar de vários deputados federais. Atuou na Secretaria de Comunicação do governo do Distrito Federal, na gestão do ex-governador Cristovam Buarque, diretor do Diário Oficial do Espírito Santo e assessor especial do gabinete na gestão do ex-governador Gerson Camata. Também foi ativista de campanhas eleitorais, coordenando as campanhas para governador de Max Mauro e Albuíno Azeredo, no Espírito Santo. Foi assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, entre 2003 e 2008.

Aparecido foi um inquieto polemista, um combatente da luta de ideias, um incansável militante. Compreendia o Partido como instrumento da luta de classes. Nos debates ideológicos sempre defendeu a perspectiva socialista das lutas do povo brasileiro, o ideal comunista e o caráter do Partido como organização de vanguarda e de combate da classe trabalhadora.

Foi um ser humano generoso e de alegria contagiante. Bem humorado e satírico, conseguia ser boquirroto e gozador sem ofender ninguém. Viveu torrencialmente os 66 anos que completaria no próximo dia nove de setembro. Deixa saudade em todos os que o conheceram e tiveram o privilégio do seu convívio de entranhado e solidário amigo.

Natural de Penápolis (SP), deixou reservado em seu coração corintiano um espaço de honra para o time que gostava de chamar de CAP (Clube Atlético Penapolense).

Da Redação do Vermelho



sábado, 6 de setembro de 2014

Vídeo: Olgamir 65180, a voz da Educação Pública na Câmara Distrital!

Dilminha, com beijinho no ombro deixa Globo falando sozinha - Paulo Vinícius Silva

Dilminha deu o seu recado para a Globo. O espanto geral demonstra o gesto de coragem. Como diria o Lulinha, "nunca na história desse país", um candidato a presidente havia deixado a Globo falando sozinha. Dilminha não foi. Ão Ão Ão:  fala aqui com a minha mão! Não se entenda o gesto como covardia. Muito ao contrário. Foi um ato de dignidade, um grito de independência, que se reafirmou pelo beijo no ombro total de sequer dar satisfação.

Motivos para esse ato de dignidade não faltam. Dilma foi interrompida 21 vezes em 15 minutos, no Jornal Nacional! Na "entrevista" as perguntas de tão afirmativas duraram 6 minutos - de 15 min!
Dilminha viu aquele dedo atrevido da moleca contra ela dentro do Palácio do Planalto! Dilminha viu o Babonner mandando ela se calar! Dilminha respondeu tudo, mesmo assim. Tinha que ter dado uns gritos. Mas Dilminha não precisa disso. Deu o seu recado, classuda, mas não voltou.
Nem deu satisfação. #AiqueorgulhomeuDeus.

Não foi ser entrevistada por quem se dispôs a subsidiar a análise da conjuntura eleitoral brasileira para a embaixada do Tio Sam.

É claríssima a nostalgia dessa minoria do Partido da Imprensa Golpista, saudades do tempo em que, mancomunados com os ditadores, mandavam e desmandavam no país. Saudades dos tempos em que suas calúnias levaram Vargas ao beco aparentemente sem saída da renúncia. Mas Vargas, com seu gesto trágico, impôs um monumental drible, uma resposta fulminante, dando a vida por sua honra e pela dignidade do país. Ecos daquele fatídico agosto parecem ter tocado Dilminha. E ela, sem tanto dramatismo, mas com admirável jogo de corpo, deu um tapa com luva de pelica que estremeceu os corredores da Vênus Platinada. A Presidenta não pode se prestar às farsas de uma imprensa que trama como partido por voltar a qualquer custo ao centro do poder.

Só Dilma é inaceitável pro Partido da Imprensa Golpista.
Só Dilma é inaceitável para os parasitas da especulação em cima da taxa SELIC, definida pelo Banco Central. Dilminha já mostrou que a farra vai acabar.
Só Dilma enfrenta o Obama e denuncia a espionagem!
Só Dilma impulsiona o Pré Sal para  revolucionar a Educação e a Saúde!
Só Dilma defenderá a Petrobrás e a Amazônia da ganância do imperialismo!
Só Dilma enfrenta a crise com mais empregos!
Só Dilma defende a Reforma Política Democrática que quer retirar o poder de empresários e do processo eleitoral!

Êh, Dilma! Que Coração Valente!

Impulsionemos a luta do povo pela Reforma Política e pela Democratização da Mídia!

Não passará o cavalo de tróia do neoliberalismo! Mudar não é andar pra trás!

Com Dilma, a defesa dos direitos e empregos dos trabalhadores e trabalhadoras


Do site da Dilminha
Os governos Lula e Dilma se destacaram na defesa dos direitos dos trabalhadores. Nesses doze anos, foram aprovadas 23 leis de proteção aos trabalhadores brasileiros.

A mais recente é a lei sancionada por Dilma que inclui o pagamento de adicional de periculosidade para mototaxistas, motoboys e motofretistas. Essa é uma medida que ajusta a legislação trabalhista às necessidades contemporâneas de um segmento de trabalhadores que enfrenta diversos perigos e até risco de vida.

Mas essa é apenas uma de muitas medidas que representam uma política real de proteção dos trabalhadores, uma das marcas principais do governo Dilma, em continuidade às políticas do governo Lula.

No governo Dilma, os trabalhadores tiveram conquistas históricas, como a lei que instituiu a política permanente de aumento real do salário mínimo. Essa valorização do salário mínimo é uma das ações que contribuiu para a mudança do perfil da sociedade brasileira, hoje uma nação de classe média.

“Eu não fui eleita e nem serei reeleita para reduzir salário de trabalhador, para tirar emprego de trabalhador nem para colocar nosso país de joelhos diante de quem quer que seja. Não sou uma pessoa pretensiosa, posso não acertar sempre, como qualquer ser humano, e posso não agradar a todos em todo o tempo. Mas vocês podem ter certeza de uma coisa: eu não traio meus princípios nem meus compromissos”, disse Dilma. 

Dilma também sancionou a ampliação do aviso prévio de 30 para 90 dias e a lei que criou a Certidão Negativa de Débito Trabalhista.

Além das leis específicas, outras políticas do governo contribuem diretamente para a melhoria das condições trabalhistas. Um bom exemplo é o Pronatec, que matriculou mais de 8 milhões de pessoas em cursos técnicos e de qualificação em mais de 400 áreas do conhecimento.

“Nós teremos um novo País se tivermos uma geração de técnicos”, afirmou Dilma. “A meta do Pronatec era de 8 milhões de alunos em dezembro, mas alcançamos em agosto. Estamos prevendo que na continuidade do Pronatec serão mais 12 milhões de matrículas asseguradas”.

Reforma Política Já! Chega de empresário mandar nas eleições! Participe do Plebiscito em 07 de setembro!

Dilma apoia plebiscito popular por Constituinte Exclusiva pela Reforma Política


A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, declarou nesta terça-feira (2) apoio à mobilização que ocorre até o dia 7 de Setembro e reúne 416 entidades em torno da realização de Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva pela Reforma Política, 90 delas no Dia da Independência.
“Pela importância da Reforma Política, por tudo o que ela carrega, pelo fato de ser necessário uma transformação de todas as instituições, a participação popular é uma questão fundamental. Sem ela não se fará Reforma Política no Brasil”, afirmou a presidenta, durante caminhada em São Bernardo do Campo (SP).
A presidenta disse que no dia 7 de setembro votará no plebiscito e receberá as propostas dos movimentos sociais para reforma política. “É uma questão fundamental para o futuro do nosso País. Se nós queremos de fato um processo democrático, e que este processo democrático resulte em transformações no nosso País, que garantam uma governabilidade muito melhor, mais efetiva, nós precisamos da reforma política”, defendeu Dilma.
Dilma explicou que a reforma política tem conteúdo eleitoral e também propõe mudanças no papel das instituições, e que por isso é fundamental a participação popular. Rousseff. “É a participação por meio de consulta popular para que a gente possa de fato construir as condições para que o País adote uma Reforma Política, a mais ampla e democrática, que assegure transparência e que assegure a preservação dos interesses da população, do povo brasileiro, em relação ao uso da coisa pública”.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

MC Fluido mostra a real face da farsa de Blabarina - rap imperdível!

A eleição de 2014, a economia e as ameaças neoliberais aos bancos públicos - Paulo Vinícius Silva

Criança, vi a inflação mensal de até 89% ao mês. Com uma verdadeira guerra econômica e midiática em curso, vê-se uma pressão monstruosa para impor um ajuste neoliberal ao país, independentemente de quem ganhe, vemos o terrorismo midiático em economia, chantageando o país e o governo, querendo um nome dos bancos estrangeiros para comandar a Fazenda, sob a "gravíssima" situação de uma inflação está em 0,25% ao mês!

E no programa de governo da candidata Marina está claro o seu rumo. Com uma mão, dá a "independência" ao Banco Central, um eufemismo para dizer que a imprensa golpista e o "mercado" - que ganham com os juros SELIC altos - terão o Banco Central dependente deles para ampliar o patamar dos juros que afetam o cartão de crédito, as prestações da casa, as prestações do carro, os juros dos financiamentos e do capital de giro das empresas e microempresas.

Depois de uma série de generalidades, inclusive dizendo que o spread é alto, que a SELIC é alta, olhe, colega bancário(a), correntista, microempresário(a), como o que diz Marina Silva nada tem com a constatação, porque propõe mais veneno, e não a cura da doença. Em seu Programa, exatamente na página 60, ela diz:
"devemos caminhar gradualmente para um sistema no qual o crédito público para empresas seja complementar, e não inibidor do sistema de crédito privado, focando em negócios com as seguintes características:
1) empresas pequenas e nascentes;
2) projetos inovadores ou com alto impacto social;
3) projetos de maturação muito longa que exijam alto volume de recursos,
como obras de infraestrutura.
Os subsídios ao crédito agropecuário e aos programas de habitação popular deverão continuar, mas com maior participação dos bancos privados, evitando subsídios não computados e ineficiências na alocação".

Traduzindo:
a) Marina propõe o que Dilma já fez, pois nunca os bancos receberam tanto povo e emprestaram tanto e a juros tão baixos às microempresas, aos microempreendedores que antes eram informais. Marina pretende retirar da Caixa e do Banco do Brasil as possibilidades mais atrativas de negócios, restringindo como jamais a possibilidade de ação dos bancos públicos para emprestar. Isso é a resposta do sistema financeiro privado à ação empreendida por Lula e Dilma através do Banco do Brasil, da Caixa e do BNDES, BASA e BNB para DIMINUIR OS JUROS que até então se cobravam. É ter diminuído o patamar dos juros que ela chama de fator "inibidor" aos bancos privados.

b) Se ela, por um lado, permite ao BC aumentar a SELIC à vontade - com "independência" do Bano Central e sua gestão exclusiva por critérios  supostamente "técnicos" e com a ajuda da imprensa golpista, a consequência será necessariamente um aumento, e não redução da taxa SELIC, e um aumento do patamar dos juros e do spread bancário. Afinal, propõe diminuir o papel dos bancos públicos em emprestar para as empresas, para o agronegócio, para a agricultura familiar. Mas é um grande negócio para os bancos privados;

c) Com a perda da lucratividade nos bancos públicos, ver-se-á outra vez a campanha pela sua privatização. Já no programa de governo, a candidata neoliberal alfineta os bancos públicos: "ineficiências na alocação", "subsídios não computados" são acusações que negam o papel importantíssimo dos Bancos Públicos em impedir a crise de se apossar do Brasil. Marina nega a eficiência e o talento dos bancários dos bancos públicos, criadores de uma tecnologia competitiva em todo o mundo, sucessivamente vitoriosos(as) em seguidos resultados positivos, impulsionando o Microcrédito, o Cartão BNDES, os empréstimos dos Fundos Constitucionais. Tão eficientes e competitivos são os Bancos Públicos, que a candidata apoiada pela herdeira do Itaú, que coordena o seu Programa de Governo, propõe uma intervenção na política de crédito para prejudicá-los e "dar uma forcinha" para a banca privada.

Não há máscara, não há pudor. A candidata neoliberal Marina Silva investe contra os bancos públicos e propõe uma agenda que, na verdade, levará à redução do crédito, à ampliação dos juros e aos ataques a uma das principais bases da soberania brasileira, o sistema financeiro com o protagonismo público. Marina promete a volta de páginas da nossa história recente vividas pelos(as) funcionários(as) do BB, da CEF, BNB, BASA e dos bancos estaduais. Histórias tristes, de perseguições, suicídios, de profunda insatisfação com o trabalho, porque os bancários e bancárias sofrem duplamente nesse tipo de situação. Sofrem por serem levados ao desespero no trabalho, perseguindo metas inalcançáveis, enfrentando o enxugamento do quadro e a liquidação das instituições, porque é isso que se prepara com as medidas acima elencadas. E sofre porque com   juros altos é o bancário que cobra, é ele que vê a falência e o empobrecimento dos clientes. Com Lula e com Dilma ajudamos a realizar sonhos, de viver na casa própria, de estudar, de acesso ao conforto, ao lazer, à informação. É muito diferente de ser bancário para ver no olhar dos clientes o medo, o desemprego, a perda do que eles conquistaram com tanto sacrifício.

Não haja dúvidas para bancários e bancárias, nem para clientes: a agenda de Marina é contra os bancos públicos, é a favor dos bancos privados, levará aos juros mais altos, comprometerá o desenvolvimento do país, levará as famílias a uma situação de maior endividamento e as microempresas à insolvência.

Dilma é a única candidata que defende os interesses do Brasil, que são inseparáveis de sólidos e poderosos Bancos Públicos. Mas Dilma tem de mostrá-lo claramente aos bancários e bancárias que, às vésperas da sua campanha salarial nacional, extenuados pela imensa responsabilidades que sobre si recaíram, necessitam de maior valorização, de reconhecimento.

Apesar de os anos de Dilma e Lula terem recuperado os salários dos bancários dos bancos públicos, com aumentos superiores à inflação, a herança maldita de oito anos sem aumento salarial nos anos de FHC ainda levam a uma remuneração básica baixíssima para o papel da categoria bancária na sociedade. No entanto, essa constatação não pode nos levar a uma postura irresponsável que leve à própria liquidação desse patrimônio que são os bancos públicos, as grandes molas impulsionadoras do desenvolvimento. Na eleição, Marina assume claramente o lado dos especuladores e maiores inimigos dos bancos públicos. Por isso a campanha salarial de 2014, em plena eleição, terá uma especial complexidade política: é preciso defender a categoria e ao mesmo tempo defender o Brasil e os Bancos Públicos. E isso só será possível com Dilma.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MUDAR PARA TRÁS, JAMAIS! Paulo Vinícius Silva

Pra você que acha que pensa, não importa como, nem o que, o importante é mudar.

Que tal uma mudança assim, tipo, você perder o emprego?

Voltarem as privatizações - aquelas de verdade, não falo de concessão de serviço que vai surgir, mas venda de estatais.

Esses pastores ou padres fanáticos de direita cada vez mais poderosos, com TV, deputado e governo, dizendo a todos como devem viver suas vidas, propagando o ódio, o preconceito, livres para defender barbaridades enquanto fazem seus negócios em nome de Deus.

Uma mudança assim, tipo a volta daqueles discursos : " A crise internacional exige que...
- congelemos o salário mínimo
- aumentemos o tempo de aposentadoria
- cortemos na carne no serviço público, adiando concursos, demitindo,
- os trabalhadores precisam apertar os cintos, diminuir seus custos e "flexibilizar" a CLT, assim como permitir o "liberou geral" na terceirização
- e aqueles caras do FMI cagando regra pra economia brasileira
- e a Globo sorrindo, elogiando o governo, a Folha, o Estadão, o Jabour, o Merval, a Míriam, o Mainardi, todos sorrindo, felizes,

A VERDADEIRA MUDANÇA ESTÁ EM CURSO


Eu prefiro outro tipo de mudança, completar aquilo que Dilma começou e não pode parar, mudança de verdade, porque é diferente dos quase 500 anos em que os de sempre mandaram. Mudanças de verdade, como:

A exploração do Pré Sal impulsionar a Educação: 75% dos royaltiesCreche para os filhas do povo e melhores condições para as mães e os pais assumirem seus papeis, mais oportunidades para as mulheres poderem seguir estudando e trabalhando, mesmo depois de uma gravidez;
- A escola integral que ouvia Dilma prometer, e não foi agora, mas na reunião das juventudes em que ela pediu apoio para pressionar pela aprovação dos royalties para a educação. E ela disse: professor bem pago, laboratórios, escolas modernas e turno integral.
- Muitos mais negros e negras, indígenas e pobres nas universidades públicas, privadas, nos Institutos Federais de Tecnologia, mais 12 milhões de jovens e adultos tendo o direito de cursar o ensino profissionalizante e com mais exigências de qualidade;
- Mais ensino de pós, graduação, inclusive no exterior, como acontece com o Ciências Sem Fronteiras;
- Políticas de educação, saúde, emprego, cultura e esporte para a juventude, a fim de que a juventude possa ajudar o Brasil, e não padecer sob a dependência química, a violência e o abandono. Cadeia, estupro, morte não podem ser o modo como o Brasil trata seus adolescentes e jovens.

A exploração do Pré-Sal impulsionar a Saúde: 25% dos royalties- Ampliar ainda mais o investimento na saúde, que mesmo após os tucanos terem derrotado Lula, tirando a CPMF que ia para a saúde. SE já dobrou o investimento com a Dilma, imagina com o Pré-Sal;
- A continuidade do Mais Médicos e a construção de uma carreira mais sólida e comprometida com a saúde pública com os médicos, em especial aqueles e aquelas vindos do povo.

- A democratização da COMUNICAÇÃO e o fim das atuais capitanias hereditárias, que são o monopólio da imprensa oligopolista!

- O fim do financiamento de empresas e de manipulações da imprensa e institutos de pesquisa, interferindo nas eleições, com o Plebiscito da Reforma Política!

NÃO PODE MUDAR NEM A PAU

- a defesa do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do BASA, do BNB e da Petrobrás, do BNDES que só se fortaleceram com a Dilma e o Lula. Menos poder pros banqueiros, mais força pras empresas públicas que estão desenvolvendo o Brasil!
- a defesa do Brasil diante da cobiça dos EUA diante da Amazônia e do Pré-Sal, não se iluda, as duas candidaturas principais da direita, seja a clara - Aécio -, seja a encubada - Marina - não tem coragem como a Dilminha, nem tem compromisso de defender o Brasil. Lembre: a Dilma fez o Banco dos BRICS, peitou o Obama e denunciou que ele tava espionando a Petrobrás. Não se calou diante genocídio contra os palestinos.
- A valorização do salário mínimo, os aumentos acima da inflação, o aumento do poder de compra e o crédito barato, popular e produtivo para que a economia cresça, gere empregos e riqueza para todos.

A RESPONSABILIDADE DA ESQUERDA, DOS PATRIOTAS, DE QUEM DEFENDE A DEMOCRACIA É UNIR O POVO

Está claro o golpe que a direita, a imprensa golpista e os interesses do imperialismo armaram para a eleição de 2014. Precisamos nos unir para defender o Brasil, a democracia, os direitos, em especial o direito ao desenvolvimento e à independência do Brasil. Grande a responsabilidade de renovar a esperança e reencontrar a unidade para aprofundar as mudanças no Brasil. Isso não cabe apenas ao PT, é papel dos nacionalistas, democratas, movimentos sociais, de toda a esquerda.

Mudar mais não é mudar dando um passo atrás! Mudar mais é defender o Brasil, a democracia, a independência de nosso país. Mudar mesmo, só permitindo a Dilminha continuar o trabalho que tem feito para o Brasil dar um salto adiante!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

DILMA CONFRONTA PROMESSAS VAGAS E MOSTRA COMO SERÁ NOVO CICLO DE MUDANÇAS - MUDA MAIS

MUDA MAIS

Por: Equipe Dilma Rousseff - - Atualizado em 01/09/2014 - 20h47
Dilma levou suas propostas na tarde desta segunda (1) para o segundo debate entre candidatos a presidente. A presidenta levou propostas e resultados concretos, que confrontaram promessas vagas de adversários.

"O maior risco que uma pessoa pode correr é não se comprometer com nada. Ter só frases de efeito e frases genéricas. Quando se é presidente da República tem que se explicar como vai ser feito, porque você vai ter de fazer no dia seguinte", explicou. "Então não basta dizer que vai fazer uma lista de coisas sem dizer de onde vem o dinheiro. Não basta dizer que as coisas serão feitas assim ou assado".

O debate realizado por SBT, UOL, Folha de S. Paulo e Jovem Pan foi aberto pela presidenta. Depois de perguntar como Marina Silva cumprirá promessas que somam R$ 140 bilhões e ouvir uma resposta evasiva da candidata do PSB, Dilma lembrou que seu governo triplicou o investimento em Educação e dobrou o gasto com a Saúde, destacando a importância da lei que assegura que os royalties do pré-sal sejam destinados exatamente a esses dois setores. (Clique AQUI)

Dilma declarou que ainda há muito a ser feito no país. "Quero dizer que acredito que tem muita coisa para fazer no Brasil. Ainda falta muita coisa pra fazer no Brasil" apresentando suas metas para o que denominou de novo ciclo de mudanças e de desenvolvimento do país. (Clique AQUI)

Ela falou ainda sobre o desempenho do Brasil diante da crise internacional, e voltou a reforçar suas escolhas por preservar a política macroeconômicas sem desemprego e sem arrocho salarial, como ocorria no passado. (Clique AQUI)

HOMOFOBIA
Logo depois do debate, Dilma apresentou mais uma posição concreta, condenando a homofobia e defendendo sua criminalizarão. “Sou contra qualquer forma de violência contra pessoas. No caso específico da homofobia, acho que é uma ofensa ao Brasil. Então, fico triste de ver que temos grandes índices atingindo essa população. Acho que a gente tem que criminalizar a homofobia, que não é algo com o que a gente pode conviver”, afirmou Dilma. (Clique AQUI)
Veja abaixo alguns momentos de Dilma no debate:


"SEM APOIOS NÃO HÁ GOVERNO ESTÁVEL"

"PRÉ-SAL É PASSAPORTE PARA O FUTURO"

PARCERIA COM GOVERNOS ESTADUAIS



O assassino econômico (filme) - como a CIA opera para destruir a democracia e a independência pelo mundo

Gilson Caroni Filho: Jovens, vocês querem mesmo Marina? - Portal Vermelho


Gilson Caroni Filho: Jovens, vocês querem mesmo Marina? - Portal Vermelho
A simples leitura do programa de governo de Marina da Silva que, como todos sabem, foi escolhida pela "providência divina" e os acontecimentos recentes envolvendo as alterações no seu programa partidário permitem levar ao eleitorado jovem pontos fundamentais que revelam a natureza extremamente conservadora do eleitorado mais jovem.

Por Gilson Caroni Filho*, para o Vermelho
Comecemos pelas questões macroeconômicas:

1) Marina pretende dar autonomia para o BC. O que significa isso? Entregar o banco para o mercado financeiro. Não por acaso conta com o apoio de banqueiros em sua campanha.

2) No documento, consta que políticas fiscais e monetárias serão instrumentos de controle de inflação de curto prazo. Como podemos ler este ponto? Arrocho salarial e aumento nas taxas de desemprego.

3) O programa ainda menciona a diminuição de normas para o setor produtivo. Os mais açodados podem pensar em menos carga tributária e burocracia para as empresas. Não, trata-se de reduzir encargos trabalhistas com a supressão de direitos que facilitem as demissões. Há muito que a burguesia patrimonialista pede o fim da multa rescisória de 40% a ser paga a todo trabalhador demitido sem justa causa. O capital agradece.

4) Redução das prioridades de investimento da Petrobrás no pré-sal. O que significa? Abrir mão de uma decisão estratégica de obter investimentos para aplicar na Saúde e na Educação. Isso, meus amigos mais jovens, é música para hospitais privados, planos de saúde e conglomerados estrangeiros que atuam na educação. O que o grupo Galileo fez com a Gama Filho e Univercidade , aqui no Rio, é fichinha perto do que está por vir. Era com uma coisa desse tipo que vocês sonhavam quando foram às ruas em junho do ano passado?

5) Em vez do fortalecimento do Mercosul, o programa da candidata, que " quer fazer a nova política," prega o fortalecimento das relações bilaterais com os Estados Unidos e União Europeia.Vamos retroceder vinte anos e assistir a um aumento da desnacionalização da economia latino-americana. É isso que vocês querem?

6)Meus caros amigos, não sei se foi a providência divina quem derrubou o avião em que viajava Eduardo Campos. Mas o que a vice dele, uma candidata que está à direita de Aécio Neves, lhes oferece é o pão que o diabo amassou. Gosto da vida, gosto da juventude, mas, agora, cabe a vocês escolher o que desejam enfiar goela adentro. Não há mais ninguém inocente.

No campo dos costumes, cabem outras indagações. O Partido Socialista Brasileiro, que sempre teve uma agenda progressista, foi criado em 1947 .Ao ceder a pressões para lançar a candidatura de Marina da Silva, acabou. No lugar dele, surgiu um PSB capturado pelo "Rede" da candidata do Criador.

Pois bem, bastaram quatro tuitadas do Pastor Malafaia para o partido retirar de seu programa de governo o casamento civil igualitário. Se em quatro mensagens por twitter houve um retrocesso desse porte, imaginem em quatro anos de um eventual governo do consórcio Itaú-Assembléia de Deus. Descriminalização do aborto? Esqueçam. Descriminalização dos usuários de drogas? Nem pensar. No mínimo, procedimentos manicomiais para os dependentes. Pensem nos direitos conquistados pelas mulheres nos últimos anos sendo submetidos ao crivo de dogmas medievais. Nos homossexuais como anomalias apenas " toleradas", jamais como sujeitos de direitos.Sim, pois vislumbramos uma religião se transformando em política de Estado.

É isso que vocês querem para o país? É isso que vocês querem para suas vidas e a dos filhos que vierem a ter? Em caso afirmativo, chamem Torquemada e me avisem: não quero ver ninguém ardendo em fogueiras. Tudo é força, mas só Malafaia é poder. Não acredito que vocês desejem isso.

Melhor, não quero acreditar.

*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista do Portal Vermelho.




Marina é a velhíssima política - Paulo Vinícius Silva


Candidata de quem?

Marina não era candidata do Eduardo Campos. Marina não era a candidata do PSB.  Virou candidata devido à morte de Eduardo Campos. Ou seja, se Eduardo Campos fosse vivo ela jamais seria candidata. E a pressão para que fosse a candidata do PSB, eu, você, todo mundo viu: o Partido da Imprensa Golpista, os especuladores que apostam contra a economia brasileira, os porta-vozes do ecoimperialismo, que querem o Brasil sem condições de defender o Pré-Sal, que defendem a internacionalização da Amazônia, que defendem a autonomia do Banco Central do Estado (e, portanto, defendem a sua dependência dos especuladores que ganham sem trabalhar, com os juros da taxa SELIC).

A nova política do Paleolítico
E a "nova política" de Marina não tem fidelidade a partido nenhum. Ela mesma não está no quarto projeto partidário? Isso já existe há muito, né?

A "nova política" não tem lado: nem de esquerda, nem de direita. Não existe esse negócio de elite, o Chico Mendes e um herdeiro de um banco são ambos da elite - mas só o Chico Mendes foi assassinado, né? Mesmo sua identidade ambientalista foi abandonada, com acenos despudorados ao agronegócio - e não me refiro aos pequenos produtores, ou à agricultura brasileira que ganha pela inovação. Não, não. Beto Albuquerque é um consistente defensor - não muda de lado a qualquer minuto ou proposta - da liberação dos transgênicos, inclusive da Monsanto. Quem muda de lado, de partido, de posição, com facilidade, é Marina.


Marina é um passo atrás no Estado laico e um salto no colo do neoliberalismo.  Num infame episódio, ela mudou seu programa de governo por tweets ameaçadores do Pastor Malafaia, dando um passo atrás no reconhecimento do direito de quaisquer pessoas se unirem perante a lei e a sociedade e levarem a sua vida familiar, com acesso à construção de um patrimônio comum, plano de saúde, à própria família. Isso mostra que Marina não é tão escrupulosa em mudar de lado, mesmo quando isso afeta de modo tão doloroso a vida das pessoas. Ela se acovarda e as deixa expostas às pressões religiosas ilegítimas porque justificam a homofobia, as agressões, a humilhação, o status de cidadãos e cidadãs de segunda categoria. Ela levou um pito do Pastor, e mudou de lado, rapidinho. Se há um campo em que é preciso defender menos interferência do Estado e das religiões é esse. O que vem depois? Cura gay? Criacionismo nas escolas? Isso é a nova política?


A "nova política" contra o Desenvolvimento é caquética


Curioso quem defende o Estado a interferir na esfera mais íntima para excluir direitos, e depois  defende que um Banco por definição do Estado - o Banco Central - seja "independente". De quem, para que?

A principal "herança" de FHC e a principal coluna do "Plano Real" é a que vincula os juros da taxa SELIC ao pagamento da dívida pública - os títulos do tesouro são ligados a essa referência, assim como diversas aplicações financeiras. Ao mesmo tempo, a SELIC é a principal referência do crédito. Por que isso não mudou? Ora, porque existe imensa pressão para que essa forma de controlar a inflação continue, pois é graças a ela que mais de 40% do orçamento da União vai para os especuladores. Funciona assim: diante de qualquer risco ou propaganda de crescimento da inflação, aumenta-se a taxa SELIC. Aí a economia cresce menos, o crédito e o consumo ficam mais caros, e os especuladores ficam mais ricos. E como o consumo e o crescimento da economia diminui, a inflação também não cresce.

Você paga juros de cheque especial, de cartão de crédito, de financiamento de carro, de financiamento de casa, de compra de eletrodoméstico? Pois é. No mundo da independência do Banco Central, ao contrário da ação do Governo para BAIXAR os juros, teríamos somente as pressões dos "independentes" e dos "técnicos". Mas, quem são eles? Consultores dos grandes especuladores, bancos e instituições que são os principais beneficiários quando há ALTA dos juros. Marina defende a autonomia do Banco Central do Estado, mas na prática, aonde isso se aplica, é apenas o slogan da DEPENDÊNCIA do Banco Central dos grandes especuladores, como é o caso do Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos. Essa proposta de BC independente tem pai e mãe, o PSDB, o DEM, o FHC. Foi o povo que nunca deixou que ela passasse. Em síntese: mais Estado na sua cama e vida pessoal, menos estado para impedir os especuladores de definirem quanto o povo paga em juros? Quer dizer que isso é nova política?

Para completar, o Programa de governo é coordenado pela herdeira do Itaú e na sua ekipekonômica vemos gente com as mesmas ideias da turma de FHC, que derrotamos.São essas ideias, caquéticas, que querem voltar. O neoliberalismo está desmoralizado no mundo afora, e eles querem implantar essa antiga  agenda que nos levaria à crise e ao desemprego, de mais juros e recessão. Eles atacam a Petrobrás e propõem medidas que prejudicarão o atual papel do BNDES, da Caixa, do BNB e do Banco do Brasil, as grandes ferramentas que impulsionam a economia brasileira para o futuro.

Finalmente cai a máscara que ocultava uma neoliberal encubada, que faz qualquer acordo por um projeto de poder, mesmo que ele seja o de colocar o Brasil à venda. Essa é a mais velha das políticas. Precisamos de um governo nacionalista, preparado para defender a Amazônia e o Pré-Sal da ganância estrangeira! Não podemos aceitar um passo atrás no desenvolvimento, infuenciada pelas ongs ambientalistas estrangeiras que servem à "internacionalização da Amazônia". Uma agenda que diz que o Pré-Sal não é tão importante assim, depois que a Dilma e os movimentos sociais conquistaram que 75% dos royalties do Pré-Sal e irão para a Educação e 25% irão para a saúde.

Vamos outra vez deixar os entreguistas terem nas mãos o futuro das riquezas do Brasil?

Na prática, a "nova política" de Marina será uma tragédia econômica para a juventude, que é a principal interessada no crescimento da economia com distribuição de renda e novas oportunidades. Se Dilma oferece PROUNI, REUNI, 8 milhões de vagas de cursos técnicos, Ciências Sem Fronteiras e e novas universidades e IFETs, a agenda de Marina em economia será de maiores juros, crescimento negativo e crise.

Dilma é a Presidenta, ela tem muitas responsabilidades, e muitos limites para o que deseja fazer, e também erra, ela é humana, não é uma líder messiânica, uma salvadora da pátria, nem candidata a santa. Mas Dilma Rousseff tem o mais importante numa Presidenta, ela tem lado, e o lado certo. Dilminha está do lado dos mais fracos, dos mais pobres, de quem mais precisa. Durante seu governo a fome ficou longe das casas mais humildes, e a agricultura familiar se fortaleceu. O povo mais pobre teve chances que nossos avós não tiveram, estudar, até no exterior. Dilma foi uma voz de coragem no mundo, não baixou a cabeça pros EUA. Ao contrário, fez a Copa das Copas, renovou nossos estádios, estradas, ferrovias e portos, gerou mais de 5 milhões de empregos, manteve a inflação controlada, aumentou o salário mínimo acima da inflação. Aprovou a lei que as centrais sindicais pediram, que garante que o salário mínimo cresce mais que a inflação, razão porque o salário mínimo pulou de 50 dólares aproximadamente em 2002 para mais de 350 dólares nesse ano. No governo de Dilma, o Banco do Brasil, a Caixa, o BNDES e a Petrobrás cresceram e se fortaleceram, tornando-se peças fundamentais do desenvolvimento do Brasil. Dilma Rousseff deu imenso protagonismo às mulheres, na política, nos programas sociais, no governo. Dilma além disso fez imensas obras de infraestrutura, complicadas e importantes, como a Transposição do Rio São Francisco, as Hidrelétricas e mesmo a exploração do Pré-Sal, obras que prepararão o Brasil para um novo tempo de desenvolvimento, democracia e justiça.

A nova política não chegará com os os velhos senhores. Sem enfrentar a imprensa golpista, o sistema financeiro parasita, as oligarquias políticas filhas do poder econômico, não tem nova política. Quem tem a coragem de mudar? Dilma tem essa coragem. Dilma tem lado. Não é à toa que ela não sorri, quando se vê cercada por hienas. Aquela cara da Dilma, na bancada do Jornal Nacional, diante dos xingamentos no Maracanã, diante dos juízes militares na Ditadura, é a cara certa. É a cara "verás que um filho teu não foge à luta". Dilminha sorri mesmo é quando está com o povo. Mas quando as mentiras são repetidas milhões de vezes até parecerem verdades, nessa hora não dá para sorrir. É a hora de o Brasil inteiro denunciar o golpe midiático em curso para restaurar o neoliberalismo no Brasil, para barrar a nossa independência, para barrar a democratização da comunicação, um golpe para manter os especuladores dando as cartas da economia, para dar mais poder para os fundamentalistas religiosos e para setores estrangeiros que querem dominar o Brasil.

Dilma sorri com o Brasil

Dilma Roussef é a única candidata em defesa do Brasil, da democracia, do avanço social, do combate às desigualdades, de uma Reforma Política que diminua os interesses de banqueiros e empresários sobre as eleições. Essas são as verdadeiras bandeiras da Nova Política, pois é com Dilma que estão as verdadeiras mudanças para o Brasil!


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