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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Trabalhadores lotam plenária das centrais em apoio a Haddad  - Portal Vermelho

Trabalhadores lotam plenária das centrais em apoio a Haddad  - Portal Vermelho


Centenas de trabalhadores lotaram o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, nesta quarta (17), para expressar, na presença de Fernando Haddad, apoio à sua candidatura. Membros de sete centrais destacaram a identidade do petista com os trabalhadores e condenaram a gestão tucana, classificada como ineficiente, inimiga do diálogo e voltada à elite. Para os trabalhadores, a candidatura de José Serra significa retrocesso. O ministro do Trabalho, Brizola Neto, reafirmou o apoio do PDT a Haddad.


Aditório ficou lotado no ato de apoio a Haddad. / Foto: Cinthia Ribas

"Ontem, a executiva nacional decidiu por unanimidade que o PDT apoia o lado certo", discursou o ministro, ao lado de Haddad. "Nós, como diria o Brizola, jamais nos deixaríamos enganar em uma eleição como a de São Paulo", completou, garantindo a adesão de todos os autênticos trabalhistas à campanha. Brizola Neto destacou ainda a afinidade de seu partido com o projeto de Haddad e com sua atuação no Ministério da Educação, elogiando as iniciativas em defesa do ensino integral nas escolas.

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O posicionamento do partido contraria a postura do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que declarou apoio a José Serra. Segundo o ministro, Paulinho expressou uma posição de “caráter pessoal e isolada”, e seguir esta atitude “colocaria o PDT de São Paulo na contramão da história do trabalhismo brasileiro". De acordo com ele, “em uma eleição nacionalizada como esta, seria uma grande incoerência estar do outro lado”, já que a candidatura de Haddad “tem identidade natural” com o seu partido.

"Esses que estão aí do outro lado, ousam ressuscitar (Serra) para a vida nacional, usando de novo a prefeitura de São Paulo", disse o ministro, destacando que as forças da base do governo Dilma romperam com o modelo representado por Serra e que foi negativo para o país.

A decisão do PDT também se refletia na presença de vários integrantes da Força Sindical na plenária. Secretário-geral da central, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou ao Vermelho que é importante, na política, avaliar a prática. “E ela demonstra que essa aliança que foi feita em torno de Lula e Dilma está sendo positiva para a maioria da sociedade. Ampliar esse trabalho aqui em são Paulo, num governo que possa ser dessa coalizão, é importante para os trabalhadores”, defendeu.

Amplitude

Bandeiras, cartazes e muito vermelho. Assim Haddad foi recebido no evento. “Eu quero agora, eu quero já, eu quero ver Haddad chegar lá”, entoaram os sindicalistas. A amplitude da atividade e a afinidade do candidato com os trabalhadores foram ressaltadas por quase todos os dirigentes sindicais.

“Aqui estão representadas todas as forças do sindicalismo. Em 2002 houve uma união de forças progressistas que elegeu Lula e, depois, Dilma. Mas as mudanças desse projeto nacional não chegaram aqui. Agora, com Haddad, São Paulo também vai ter como perspectiva o avanço, o crescimento com distribuição de renda. É o candidato que mais beneficia os trabalhadores”, disse o presidente CTB, Wagner Gomes, que leu uma carta explicando o porquê de o movimento sindical ter optado por Haddad.

O presidente da CUT, Vagner Freitas destacou a importância de os sindicalistas estarem unidos no ato. “As centrais e seu integrantes, embora conservem suas identidades e tenham diferenças entre si, em momentos essenciais de defesa dos interesses dos trabalhadores, estão sempre organizados e unidos. E eleger Haddad aqui é defender os trabalhadores, contra um projeto de retrocesso”, defendeu.

Segundo Freitas, há dois projetos claramente definidos em disputa nessa eleição, um dos trabalhadores, outro da burguesia. “Nacionalmente temos um projeto de governo que é muito mais próximo daquilo que pleiteiam os trabalhadores que o projeto FHC-Serra-Alckmin, que exclui os trabalhadores. Serra não é apoiado por nós porque não gosta de trabalhador. Ele gosta de elite”, comparou. Ele destacou que Haddad tem respeito pela negociação com o funcionalismo público e comprometeu-se a resgatar a mesa de negociação permanente, deixada de lado pelas gestões do PSDB e do DEM na cidade.

Ubiraci Dantas, presidente da CGTB, também fez duras críticas à atual administração em São Paulo. “Temos que livrar o povo de São Paulo dessa tralha tucana, que vem infelicitando a vida do povo. Os trabalhadores gastam três horas de ônibus para ir ao trabalho e três horas para voltar. Nós sabemos o que passamos com esse projeto do Serra: desemprego, arrocho, desnacionalização, desindustrialização. Então queremos dar força para derrotar esse entulho que atrapalha São Paulo há anos e vamos conseguir”, disse, lembrando que o trabalhador sempre foi tratado “na base do cacete” pelos tucanos.

Na mesma linha, Luiz Gonçalves, o Luizinho da Nova Central, defendeu a candidatura de Haddad como o elemento novo na cidade, também associando-o ao projeto nacional. “Hoje temos uma situação de quase pleno emprego no país. Agora vamos conseguir implementar política públicas também na cidade. Serra, em vez de receber o trabalhador para negociar, tentava dividir o trabalhador. Colocou a Polícia Militar para bater na Polícia Civil. É um governo que não serve para nós”, disse.

O secretário sindical do PCdoB e vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, lembrou que São Paulo é conhecida como a cidade do trabalho e tem um movimento sindical forte, o que significa que “uma prefeitura democrática, que tem uma proposta renovadora, precisa ter como um dos pilares uma interlocução com os movimentos sindicais”. Segundo ele, a maioria do movimento sindical brasileiro repudia “o projeto conservador, atrasado e intolerante representado pela candidatura Serra”.

Para o vereador do PCdoB, Jamil Murad, quando os trabalhadores se posicionam a favor de Haddad, contribuem “para a vitória que vai acelerar o desenvolvimento, com conquistas sociais, mais emprego, mais cultura. E essa vitória ajuda a fortalecer a continuidade das mudanças a favor do povo, inclusive nas eleições de 2014”, opinou.

Em seu discurso, a candidata a vice-prefeita, Nádia Campeão, destacou o apoio decisivo dos trabalhadores no primeiro turno. E convocou os presentes a lutarem por cada voto, até o dia do pleito.

“Se estamos confiantes na vitória, também queremos que ela seja incontestável, mostrando que queremos a mudança e não queremos mais o lado do desespero, o lado dos ataques”, disse ela, destacando a reedição da ampla frente sindical que apoiou as eleições de Lula e Dilma. “Fazemos questão de ter essa turma ao nosso lado, porque o nosso compromisso é com a questão social, é com os direitos dos trabalhadores”, disse, antes da fala do próprio Haddad (leia matéria aqui).

Participaram da plenária sindicalistas ligados à CTB, CUT, Força Sindical, CGTB, CSB, Nova Central e UGT, além de dirigentes e parlamentares de partidos como PCdoB, PT e PSB.

Da Redação,
Joana Rozowykwiat

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