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domingo, 16 de agosto de 2009

Unidade marca Jornada dos Movimentos Sociais

Movimentos

14 de Agosto de 2009 - 17h44


Militantes dos movimentos sociais de todo o Brasil foram às ruas nesta sexta-feira (14) para defender a redução da jornada de trabalho, mais empregos e direitos, reforma agrária e urbana, ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT, fim do superávit primário e mais investimentos em saúde, educação e moradia. A Jornada Nacional Unificada de Lutas 2009 foi marcada por muita unidade e mobilização em pelo menos 12 capitais.

Presença de diversos movimentos marcou ato político que encerrou passeata no MASP

Em São Paulo, a organização do ato anunciou a presença de 25 mil manifestantes na Avenida Paulista. A concentração do ato em São Paulo foi na Praça Oswaldo Cruz. Muitas bandeiras, faixas e militantes dos mais diversos movimentos: sindical, estudantil, do campo e da cidade, mulheres, movimento negro, por moradia, pela democratização da comunicação, partidos de esquerda, coletivos jovens e militantes sociais das mais diversas naturezas se unificaram em torno de reivindicações e de uma plataforma comum para o desenvolvimento do país. A passeata foi até o vão livre do MASP onde ocorreu o ato político final com falações das lideranças sindicais e do movimento social e teve duas paradas estratégicas: em frente à Petrobrás e em frente à FIESP.

Marcha do MST engrossa passeata

A barreira da polícia só não era maior que a belíssima marcha do MST, que se somou ao ato ainda na concentração, após mais de uma semana de marcha no estado de São Paulo. Mas não houve confronto e o trânsito não foi completamente parado, os manifestantes deixaram uma faixa da avenida paulista livre para o tráfego.

Para Wagner Gomes, presidente da CTB, o movimento já obteve uma vitória, visto que o Projeto de Lei que prevê a redução da jornada de trabalho de 44h para 40h sem redução de salários foi aprovado por unanimidade na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados. Entretanto, o sindicalista alerta que a aprovação em plenário será um grande desafio, e a forma de enfrentá-lo será uma grande campanha pública das centrais em unidade pela redução da jornada. O presidente da Força Sindical, Paulinho, disse que a idéia é colocar telões em praças públicas pelo país e mobilizar 100 mil trabalhadores no dia da votação em plenário.

Para Arthur Henrique, presidente nacional da CUT, é tempo de fazer uma campanha de convencimento dos parlamentares em defesa do PL da redução da Jornada de Trabalho. Para seguir com as manifestações, a bandeira estará presente como pauta importante em cada campanha salarial deste semestre.

Unidade marca atos pelo Brasil

Para além da pauta da redução da jornada de trabalho, a maioria das lideranças considera que a unidade construída na organização do ato já foi uma vitória importante, que abre caminho para outras manifestações desta proporção. “Mais uma vez todo o movimento social se unifica em torno de bandeiras comuns. Esta é a tradição da sociedade organizada no Brasil e é assim que conquistamos as transformações e mudanças até hoje”, comemora o presidente recém empossado da UNE Augusto Chagas. A fala do líder do MST, João Paulo Cunha, foi na mesma linha: “o MST reafirma seu compromisso de lutar pela Reforma Agrária, mas sobretudo pelos direitos dos trabalhadores, do campo e da cidade”. João Paulo fez cobranças ao governo Lula sobre verbas para garantir os assentamentos e convocou o conjunto dos movimentos sociais a realizar uma jornada permanente para debater e lutar por “um projeto popular para o Brasil”.

Em Brasília, todas as pautas

No DF, além das pautas presentes do documento de convocação da jornada, militantes de sindicatos e movimentos sociais exigiram a realização da 1º Conferência Nacional de Comunicação de forma democrática, ampla e popular. Durante a caminhada, os manifestantes realizaram atos em frente aos ministérios do Planejamento, da Agricultura, do Emprego, da Comunicação e da Fazendo, onde fizeram falações específicas sobre a pauta de reivindicação do movimento. Em frente ao Congresso Nacional, os trabalhadores aproveitaram para pedir ao governo brasileiro que se pronuncie oficialmente pelo retorno da democracia em Honduras através da volta de Manuel Zelaya, deposto da presidência do país em 28 de junho deste ano.

Os trabalhadores dos Correios também aproveitaram a marcha da Jornada Unificada de Lutas para anunciar que entrarão em campanha salarial e que exigem a melhora das condições de trabalho, além do atendimento à pauta da categoria. "Negocie (governo) com os trabalhadores porque senão em setembro nós entraremos em greve de novo", ameaçou um representante dos trabalhadores dos Correios.

No RS, Fora Yeda!

Em Porto Alegre as atividades começaram às 7h30 na frente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul – FIERGS. A situação política atual de governo instalada no Rio Grande do Sul foi destaque nas manifestações ocorridas na capital gaúcha. Já no início da manhã professores realizaram um ato no Palácio da Polícia quando entregaram à Brigada Militar nove bonecos algemados, confeccionados em tamanho natural, representando os nomes citados na ação de improbidade administrativa do Ministério Público Federal contra representantes do governo gaúcho, entre eles a Governadora Yeda Crusius. Às 11 horas, na Praça da Matriz, outro ato teve como evidência a questão estadual. Cerca de 5 mil manifestantes se reuniram em uníssono para clamar pelo "Fora Yeda já".

Jornada do RJ terminou em frente à Petrobrás

Partindo do ponto tradicional de mobilizações, a Candelária, a jornada carioca contou com cerca de 2 mil manifestantes, segundo os organizadores. Além da pauta de defesa dos direitos dos trabalhadores perante a crise do capitalismo e da pauta de redução da jornada de trabalho, a passeata no Rio de Janeiro foi marcada também pela defesa da queda dos juros e do superávit primário e pela democratização dos meios de comunicação. Os estudantes também mandaram o seu recado, manifestando-se contra a possibilidade de transferência de verbas públicas para salvar universidades privadas via BNDES, como informa o diretor da UEE-RJ Theo Rodrigues. O final do ato foi em frente à Petrobrás, onde foi realizado ato político em defesa da utilização das verbas do pré-sal para Saúde, Educação e Seguridade Social.

Em Pernambuco, ocupações de terra

Em Pernambuco, as principais mobilizações foram do MST, que ocupou três áreas na madrugada de sexta-feira (14), dentro da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, que integra a jornada unificada dos movimentos sociais. De acordo com o movimento, 960 pessoas foram mobilizadas nas ações - 800 ocuparam a Fazenda Baixa Grande, no município sertanejo de São José do Belmonte; 100 participaram da ocupação da Fazenda Ipanema, em Pesqueira, no agreste, e outras 60 reocuparam, pela terceira vez, o Engenho Xixaim, no município metropolitano de Moreno.

Trabalhadores dos Correios se destacam em ato no PR

Mais de dois mil manifestantes pararam ruas do centro de Curitiba. O protesto começou às 08h00, com concentração na Praça Santos Andrade, aonde ocorreram discursos e apresentações culturais. Uma hora mais tarde, os manifestantes saíram em caminhada até a sede estadual da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e se solidarizaram com os carteiros que iniciaram hoje a campanha salarial. Lá, também se posicionaram contra as tentativas de privatização dos serviços postais. O último protesto aconteceu por volta do meio dia, com realização de um grande ato político-cultural onde lideranças das centrais sindicais e dos movimentos sociais fizeram discursos inflamados contra a crise e suas consequências.

Houve atos ainda na Bahia, no Ceará, no Espírito Santo, no Maranhão, em Minas Gerais e no Piauí.

Por Luana Bonone, de São Paulo

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